terça-feira, 24 de agosto de 2010

O que é inovação?

Produção de melancia quadrada para
melhor armazenamento

O conceito de inovação em uma empresa mais utilizado no Brasil e na maioria dos países é o do Manual de Oslo, elaborado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) com o objetivo de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de inovação.
O Manual de Oslo tem três edições. A primeira foi publicada em 1992, a segunda em 1997 e a terceira e mais recente em 2005. As duas primeiras edições falam de inovação apenas em produtos ou processos. A terceira edição acrescenta os conceitos de inovação em marketing e inovação organizacional. O conceito presente na 3ª edição (traduzida para o português pela FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos) é o seguinte:

"Uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas."

Mas para uma mudança ser considerada uma inovação, ela precisa ter sido efetivamente implementada. A respeito disso, há a seguinte observação no Manual de Oslo 3ª edição (versão traduzida pela FINEP):

"Um aspecto geral de uma inovação é que ela deve ter sido implementada. Um produto novo ou melhorado é implementado quando introduzido no mercado. Novos processos, métodos de marketing e métodos organizacionais são implementados quando eles são efetivamente utilizados nas operações das empresas."

Alguns exemplos do que pode ser considerado inovação, de acordo com a definição do Manual de Oslo 3ª edição:
  • Invenção da câmera digital (novo produto).
  • Uso de tecidos respiráveis em vestuário (produto significativamente melhorado).
  • Introdução de dispositivos de rastreamento para serviços de transporte (novo processo).
  • Posicionamento de produtos em filmes ou programas de TV (novo método de marketing).
  • Introdução de sistemas de educação e treinamento de funcionários em uma empresa (novo método organizacional).

As três edições do Manual de Oslo estão disponibilizadas no site do Ministério da Ciência e Tecnologia, no endereço

http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/4639.html

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Batemos a meta 3


O Sistema Sebrae trabalha com um conjunto de seis metas, conhecidas como Metas Mobilizadoras. A proposta da definição de um conjunto de Metas Mobilizadoras surgiu em uma reunião das unidades de gestão estratégica (UGE) dos Sebrae/UF e do Sebrae Nacional, durante a Semana de Capacitação do Sistema Sebrae em junho de 2009, como uma resposta a seguinte pergunta: "Como aperfeiçoar a gestão da estratégia?".

A idéia era expressar nesse conjunto de metas o foco de atuação do Sistema Sebrae. Após mais algumas discussões, as Metas Mobilizadoras foram aprovadas em agosto de 2009 e ficaram definidas assim:
  1. Ampliar o número de empresas atendidas e registradas no Siacweb (sistema corporativo responsável por apoiar o processo de atendimento do Sebrae e por armazenar os dados desses atendimentos).
  2. Contribuir para a formalização de 1 milhão de empreendedores individuais.
  3. Ampliar a quantidade de empresas atendidas pelo Sebrae com soluções específicas de inovação.
  4. Ampliar o percentual de projetos GEOR (Gestão Estratégica Orientada para Resultados) com orientação para o mercado.
  5. Ampliar o número de empresas atendidas pelo Programa Sebrae de Empresas Avançadas.
  6. Ampliar o número de municípios com a Lei Geral (lei complementar nº. 123 de 2006 - Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas) regulamentada.
O objetivo da Meta Mobilizadora nº 3 para 2010 era atingir a quantidade de 17.000 empresas atendidas com soluções de inovação. Na semana passada, os colaboradores do Sebrae Nacional comeraram o alcance desta meta e da meta nº 1, que tinha a expectativa de atender e registrar 700.000 empresas no Siacweb em 2010. Em junho, já haviamos celebrado o alcance da meta 6, cujo objetvo para 2010 era alcançar o número de 1.700 municípios com a Lei Geral regulamentada. Abaixo, uma foto minha com a equipe da UAIT no dia da comemoração. Estou no canto direito da foto, de óculos.

sábado, 7 de agosto de 2010

Propriedade Intelectual

Nesta primeira semana de trabalho na UAIT, a Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia, eu comecei a estudar o tema "Propriedade Intelectual", objeto do meu plano de trabalho dentro da unidade. É um tema vasto e complexo, cujo estudo me permitirá conhecer o caráter e o nível de inovação nas micro e pequenas empresas brasileiras. A meta deste meu primeiro rodízio é estruturar o projeto de desenvolvimento de uma solução do Sebrae na área de propriedade intelectual. Mas o que vem a ser Propriedade Intelectual? A definição estabelecida em convenção da OMPI - Organização Mundial da Propriedade Intelectual - , um organismo especializado da ONU, de caráter intergovernamental, é a seguinte:

"Propriedade Intelectual é a soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas e científicas, às interpretações dos artistas intérpretes e às execuções dos artistas executantes, aos fonogramas e às emissões de radiodifusão, às invenções em todos os domínios da atividade humana, às descobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais, às marcas industriais, comerciais e de serviço, bem como às firmas comerciais e denominações comercias, à proteção contra a concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividade intelectual nos domínios industrial, científico, literário e artístico."

Ou seja, a Propriedade Intelectual é a área do direito que se destina a proteger todas as criações do espírito humano, quer seja no âmbito da literatura ou da arte, quer seja no âmbito da ciência ou de alguma atividade econômica. Ela se divide em três categorias: direito autoral, propriedade industrial e proteção sui generis. O direito autoral tem foco na produção literária, científica e artística. Já a propriedade industrial tem foco na atividade empresarial e pode ser protegida por patentes, registro de marca, entre outros. A proteção sui generis está ligada a produtos ou processos não contemplados pelas duas outras categorias, como os conhecimentos tradicionais e o acesso a patrimônio genético.
No Brasil, o órgão responsável pelo registro dos ativos de propriedade industrial é o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Abaixo, coloco o link para o site do INPI.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Início do rodízio

Nessa semana, os trainees começaram o 1º rodízio nas unidades. Eu fui alocado na UAIT - Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia. Esta unidade tem a missão de prover o Sistema Sebrae de conhecimentos e soluções de inovação e tecnologia, que poderão ser empregados nas micro e pequenas empresas e nas pequenas propriedades rurais, em abordagens individuais e coletivas. O objetivo é promover a inovação e facilitar o acesso à tecnologia e informações tecnológicas para as micro e pequenas empresas e para os pequenos produtores rurais, além de apoiar as MPE que operam com tecnologia de ponta, visando à modernização contínua de seus processos operacionais. Podemos destacar algumas ações e projetos/programas da unidade:

Ações:

  • Bônus Certificação: tem o objetivo de promover e facilitar o acesso das MPE aos serviços de certificação de produtos.

  • Bônus Metrologia: possibilita que as empresas acessem, a um menor custo, os serviços de calibração de instrumentos de medição, análises em produtos e matérias-primas diversas, ensaios e outros testes disponíveis nos diversos laboratórios filiados às Redes Metrológicas dos Estados, que atuam em parceria com o SEBRAE estadual.

Projetos/programas:

  • Projeto Habitats de Inovação: o objetivo geral desse projeto é fortalecer os mecanismos de apoio à inovação nas empresas incubadas ou associadas.
  • Programa SEBRAEtec: tem como objetivo a prestação de serviços tecnológicos básicos e avançados e o apoio ao desenvolvimento de projetos de inovação nas micro e pequenas empresas.